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Nossa História

ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE DE AMPARO DO IDOSO “CANTINHO DO VOVÔ”

Sua história.....

A história do “Cantinho do Vovô” sempre foi permeada de dedicação e trabalho, desde sua fundação. Mas, em 1999, a instituição estava fechando suas portas por exigência das autoridades, juízes, promotores, delegado de polícia e vigilância sanitária. O corpo diretivo da época não tinha mais condições de prosseguir no amparo dos acolhidos.

Nessa época, havia na entidade 29 pessoas entre idosos com problemas mentais e físicos. A situação apresentava-se difícil, não apenas financeiramente, mas, também, com gerenciamento inadequado. Contudo, havia algumas heroínas que, apesar de não o desejarem por se acharem incompetentes para assumirem tal responsabilidades, se viram obrigadas a amparar essas pessoas tão carentes. Entre elas, d. Elza Souza Martins, Fátima Aparecida dos Santos, Isabel Lima de Oliveira. Os amigos e voluntários haviam se afastado. Elas, contudo, resistiram heroicamente, não sabendo que caminho seguiriam, mas tinham certeza de que não podiam abandonar a causa naquele momento. Precisavam de ajuda. De toda ajuda que fosse possível.

Foi, então, que se reuniram e seguiram a sugestão: apelar a alguém que tivesse responsabilidade suficiente para assumir a direção – Sueli Terezinha Conservan Morenti. Era abril de 2.000 e ela, também, não sabia o que fazer, só sabia que aquelas pessoas indefesas não podiam ficar ao “Deus dará”! Mãos à obra, então! Providenciar uma completa repaginação da entidade, começando por providenciar a higienização e alimentação adequada a todos. Contas? Havia muitas. Mas isso ficaria para depois.

Outro passo foi sair em busca da documentação que estava extraviada por diversos lugares. Tarefa completa, passariam ao passo seguinte: levantamento das dívidas. Naquela época, o montante era de R$10.000,00 (dez mil reais) entre energia elétrica, água, telefone, aluguel e pagamento das funcionárias.Diante de todo desespero, foram aparecendo voluntários: Maria Catarina Poletti de Michielli, Julieta Lima A. Dias, Wagner Morenti, que aceitaram o desafio. Apesar da energia elétrica já haver sido cortada, acreditaram na luz do dia trazida pelo sol e por novas almas abençoadas.

Nessa hora, havia d. Zuleica Sassi, proprietária da imobiliária que alugava a casa para a entidade e que lutava para renegociar as dívidas. Foram realizadas reuniões com alguns dos familiares que se propuseram a comparecer. Deram toda força moral que a situação exigia. Alguns dos internos foram recambiados às famílias, pois, naquela situação financeira precária, a casa não teria condições de lhes proporcionar o atendimento adequado necessário, devido à extrema debilidade de saúde física e psicológica.

Foram buscar ajuda junto à Prefeitura Municipal e ao prefeito da época, Pedrinho Kuhl. Precisavam de ajuda financeira para quitar as dívidas, precisavam de apoio e da compreensão da Vigilância Sanitária.

Com Deus sempre presente nas orações, começaram a surgir doações: 1 quilo de feião aqui, 1 quilo de açúcar ali, pães doados diariamente. Ainda não havia leita nem manteiga. Mas isso não foi suficiente para estancar a determinação das pessoas.

Passou-se um ano. As dívidas foram quitadas aos poucos, poucos eram os voluntários que apareciam para ajudar, poucas eram as doações, mas a vida continuava. Com dificuldade, mas em pé.

Restavam, ainda, alguns resquícios da administração anterior, como denúncias que precisavam ser resolvidas pela atual administração, com paciência e tolerância. Até que um delegado bem-intencionado os orientou a fazer um B. O. contra os antigos administradores, já que a casa estava sendo vigiada e nada de errado havia sido constatado.

As funcionárias da época se dedicavam incondicionalmente à salvação da entidade e seus acolhidos, deixando de lado, muitas vezes, a própria família. Nessa época, já podiam contar com alguns vizinhos generosos. As funcionárias se doavam, não recebiam os salários com regularidade, mas estavam sempre lá, dia e noite.

Devagar as dívidas foram sendo quitadas, salários colocados em ordem, a casa já estava com nova aparência e os acolhidos eram bem tratados. O cardápio havia sido melhorado, já havia produtos de limpeza disponíveis. O céu nublado, enfim, estava se mostrando claro. Até passeios, os abrigados já faziam: um ônibus da PML os levou para assistirem uma apresentação de balé clássico! E as notícias foram correndo. A cidade já acreditava que a instituição daria certo.

De repente, a “Associação Melhor Idade” do clube Gran São João, que tinha na presidência o sr. Nelson Barbosa, conversou com a diretoria do “Cantinho do Vovô” para saber de seus planos e ofereceu ajuda: fariam um bingo para arrecadarem fundos para a instituição. A colaboração foi providencial. Com a ajuda recebida, foram construídas uma varanda, onde os avozinhos tomariam as refeições, e uma despensa mais adequada para os mantimentos. A Vigilância Sanitária teve um grande espanto com o desdobramento das ações, ao fazer a visita. Tudo certo. Nem parecia mais “aquela” instituição que tinha tudo para ser fechada. Não apenas emitiu o alvará de funcionamento, como passou a fazer orientações periódicas que incluíam palestras para cuidadoras, passaram a compartilhar experiências bem-sucedidas de outras instituições.

Todos se sentiram gratificados e orgulhosos do trabalho realizado com tanto empenho. Em 2003, a Fundação Mokiti Okada convidou a diretoria do “Cantinho” para participar de uma Festa Julina, da qual toda a renda seria revertida à entidade. E, assim, começaram as festas na praça “Nações Unidas”, hoje, “Rosa Granzotto Rosada”, que se tornaram tão tradicionais, que a população do bairro Boa Vista fica aguardando anualmente.

Importante citarmos o benfeitor, sr. Florindo Baptistella, que, estando ao lado desta entidade desde o início, manteve-se firme e pronto ao seu lado, sendo o único doador e se manteve fiel até sua morte. A ele, toda nossa gratidão.

A partir de então foram surgindo novos hóspedes, novos voluntários e alguns benfeitores que se propunham a ajudar porque confiavam no trabalho que vinha sendo realizado.

Com o tempo, as dependências do “Cantinho do Vovô” se tornaram pequenas para satisfazer a grande procura por parte de pessoas que acreditam poderem deixar ali seus familiares sob os cuidados sempre atentos. Foi, então, dado o pontapé inicial para a construção de sua sede própria. Com 700m² de construção, a nova instituição, inaugurada em setembro de 2019, conta com instalações adequadas ao atendimento de idosos, proporcionando-lhes mais conforto, já que carinho sempre tiveram.

O trabalho é diário. Festas, promoções, colaborações de todos são e sempre serão necessárias, pois o poder público não tem condições de manter essas casas de apoio à população.

Se, em 2010, a população de idosos no Brasil era de 19,6 milhões, a estimativa do IBGE é de que em 2030 devem ser de 41,5 milhões em todo país. E em 2050, o número de brasileiros com mais de 60 anos chegará a 66,5 milhões. Muito trabalho teremos ainda pela frente. Estamos aptos a atender 32 idosos, porque “nenhum idoso pode ser objeto de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei.”

Que Deus continue nos ajudando e ajudando, também, todos aqueles que fazem parte desta associação.

C O N T A T O:
 Rua Jair Formigari, 300 - Res. dos Girassóis - Limeira/SP - CEP:13482-402
 administracao@cantinhodovovo.org.br
 (19) 3701-2265

HORÁRIOS DE ATENDIMENTO:
Segunda a sexta, das 8h às 18h

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